A vida é feita de dores e delícias.
Mas o modo como enfrentamos as dores, pode verdadeiramente influenciar o curso dos anos que nos aguardam.
Nenhuma dor é em vão!
Desejo ardentemente que as dores que experimentamos em 2023 não se reduzam a uma marca concreta, meras cicatrizes ou sofrimentos tangíveis, traumáticos.
O traumático reside naquilo que não conseguimos compreender, algo que carregamos como um peso desnecessário, uma fonte de sofrimento e humilhação.
Nessas situações, a dor se torna uma experiência vazia, pois não nos ofereceu orientação nem se transformou em algo simbólico que pudesse ser integrado.
Aí vem a repetição, o inferno, o diabólico – a dissociação!
Espero realmente que cada dor vivida em 2023 seja imbuída de simbolismo, pois o simbólico é liberta-dor!
Que todas as dores de 2023 assumam o papel de símbolos valiosos, contribuindo para a expansão de nossa consciência.
Que elas sejam mais do que um fardo, tornando-se um sinal revelador que nos capacita a distinguir entre a repetição cega e a evolução consciente.
Dor e prazer são sinais vitais e com certeza no ano de 2023 as delícias também se apresentaram!
Não ignore suas dores nem suas delícias, mas esteja atento!
Prazer não reside apenas na ação, mas sim na capacidade de sentir!
E então cante, dance, leia um poema, ‘prazeire-se’!
Por que só é capaz de uma grande delícia, quem é capaz de (sentir) uma grande dor.
Sugiro fazer uma oração de gratidão por 2023 e siga fortalecido rumo às próximas dores e delícias de 2024 e na aventura do Viver!
"ViverE não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz." (Gonzaguinha)
Texto: Jaqueline Cássia de Oliveira Psicóloga e Psicoterapeuta Sistêmica